2ª A – Profª
Sheila - Situação de Aprendizagem 01
Romantismo No Brasil
Ampliando o Contexto Literário:
Texto 01 a 05:
Um sarau é o
bocado mais delicioso que temos, de telhados abaixo. Em um sarau todo o mundo
tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champanha na mão, os mais
intrincados negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O
velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos
os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no
seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos
aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que
solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no
écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um
sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando
pela sala e marchando em seu passeio (…) Finalmente, no sarau não é essencial
ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés
e falar pelos olhos.
E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da
Corte para a ilha de… senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades;
alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo – pp.
66, 67. – Ed. Ftd…
1.Pesquise o significado de sarau e associe-o a um evento
contemporâneo:
2.No fragmento, o autor destaca os aspectos positivos do
ambiente ou o deprecia? Justifique:
3.O sarau associa-se ao modo de vida burguês. Que elementos
justificam a afirmação?
4.A burguesia se firmou como classe dominante a partir da
Revolução Francesa. Que mudanças ela implantou no cotidiano?
5. A linguagem do
texto romântico marca-se pela metáfora/comparação e pela hipérbole. Destaque do
texto exemplos das duas figuras:
6. Texto 1:
Já era tarde. Augusto amava deveras, e pela primeira vez em
sua vida; e o amor, mais forte que seu espírito, exercia nele um poder absoluto
e invencível. Ora, não há ideias mais livres que as do preso; e, pois, o nosso
encarcerado estudante soltou as velas da barquinha de sua alma, que voou,
atrevida, por esse mar imenso da imaginação; então começou a criar mil sublimes
quadros e em todos eles lá aparecia a encantadora Moreninha, toda cheia de
encantos e graças. Viu-a, com seu vestido branco, esperando-o em cima do
rochedo, viu-a chorar, por ver que ele não chegava, e suas lágrimas queimavam-lhe
o coração.(Joaquim Manuel de Macedo. “A Moreninha”. São Paulo: Ática, 1997,
p.125.)
Texto 2:
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João
foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de
desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade. “Reunião”. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1973, p.19.)
a) Em ambos os textos, percebe-se a utilização de uma mesma
temática mas com tratamentos distintos. Explique, com suas próprias palavras, a
concepção de amor presente nos textos de Joaquim Manuel de Macedo e de Carlos
Drummond de Andrade.
b) Nota-se que a estrutura do poema “Quadrilha” é construída
a partir de dois movimentos. Identifique-os indicando, para cada movimento, o
verso inicial e o final.
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